Uma crônica sobre a contradição entre o discurso de austeridade e a realidade dos gastos
Em uma pequena cidade do interior do Amazonas, a câmara de vereadores decidiu contratar uma empresa para gerenciar suas redes sociais. O valor? Nada menos que 72.000 reais. A ironia da situação é palpável, considerando que esses mesmos vereadores têm sido vozes ativas contra o suposto esbanjamento de dinheiro público pelo prefeito.
**O Espelho da Hipocrisia**
A decisão levanta questões sobre a coerência dos parlamentares. Como podem, com uma mão, apontar o dedo para os gastos do prefeito e, com a outra, assinar um cheque para algo tão pessoal quanto a gestão de redes sociais? A situação é um espelho que reflete a hipocrisia, onde o discurso de austeridade se desfaz diante das práticas reais.
**O Valor da Imagem Versus o Preço da Credibilidade**
A preocupação com a imagem online é compreensível na era digital, mas a que custo? O contrato de 72.000 reais para cuidar de perfis pessoais levanta a questão do preço da credibilidade desses vereadores. Afinal, como confiar em representantes que pregam economia de recursos públicos enquanto gastam somas consideráveis em serviços que poderiam ser vistos como não essenciais?
**A Responsabilidade do Cargo e o Peso do Exemplo**
Ser vereador é assumir uma posição de responsabilidade, não apenas com as palavras, mas com atos que sirvam de exemplo para a população. O contrato em questão parece ignorar esse princípio, colocando em xeque a confiança depositada pelos cidadãos nos seus eleitos.
**A Necessidade de Coerência e Transparência**
Esta crônica não busca apenas criticar, mas também chamar atenção para a necessidade de coerência e transparência no uso dos recursos públicos. É essencial que os representantes eleitos sejam os primeiros a praticar o que pregam, especialmente quando se trata de finanças públicas. Afinal, a verdadeira liderança começa pelo exemplo.
Anbacre Digital
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