Com remuneração anual de R$ 72 mil, custo total de um mandato chega a R$ 288 mil, enquanto o trabalhador comum segue com salários muito inferiores e carga horária bem mais extensa.
A partir de 1º de janeiro de 2025, os vereadores de Rio Negro passarão a receber R$ 6 mil mensais para comparecer às sessões semanais, realizadas às segundas-feiras, o que representa uma remuneração anual de R$ 72 mil e um total de R$ 288 mil ao longo de um mandato de quatro anos. Em cada ano, os vereadores participarão entre 52 e 53 sessões, com duração média de 2 a 3 horas. Além desse valor, os parlamentares têm o direito de solicitar diárias extras para viagens oficiais, aumentando ainda mais os gastos públicos.
Enquanto isso, o trabalhador comum, que recebe o salário mínimo atual de R$ 1.320, trabalha em média 22 dias por mês, com jornadas de 8 horas diárias. No final de um ano, ele acumula apenas R$ 15.840, valor que é menos de um quarto do ganho anual dos vereadores. Funcionários municipais enfrentam condições semelhantes, recebendo salários muito mais modestos e com carga horária fixa.
Essa diferença salienta a desigualdade nas remunerações do serviço público, onde o vereador, com um número reduzido de horas de trabalho, ganha valores muito superiores aos de trabalhadores que enfrentam rotinas intensas, revelando um contraste marcante entre o ganho dos representantes públicos e o da população trabalhadora.
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