Ainda nesta semana, a ex-deputada federal Rose Modesto, recém-eleita presidente do União Brasil em Mato Grosso do Sul em uma eleição que ainda pode ser contestada na Justiça, deverá tomar posse como a nova responsável pelo comando da Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco).
Em entrevista ao Correio do Estado, ela revelou que já estão solucionados os trâmites burocráticos para que finalmente seja empossada como superintendente da autarquia federal brasileira, criada originariamente em 1967 para promover o desenvolvimento econômico da Região Centro-Oeste, mas que acabou extinta em 1980 e foi recriada em maio de 2011.
A autarquia tem jurisdição sobre os estados de Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul e o Distrito Federal, tendo sede e foro em Brasília (DF) e contando com orçamento de R$ 169,5 milhões, previsto para este ano para liberar recursos para os municípios da região.
No entanto, a “menina dos olhos” da Sudeco é o Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO), que para este ano tem orçamento de R$ 9.511.783.494, dos quais R$ 3.138.888.553 são para Goiás; R$ 3.138.888.553 para Mato Grosso; R$ 2.282.828.039 para Mato Grosso do Sul; e R$ 951.178.349 para o Distrito Federal.
O recurso é destinado a contribuir para o desenvolvimento econômico e social da Região Centro-Oeste, mediante a execução de programas de financiamento aos setores produtivos, prioritariamente os mini e pequenos produtores rurais e microempreendedores individuais, bem como às micro e pequenas empresas.
FOCO
“Na Sudeco, o meu foco será trabalhar pelo desenvolvimento econômico sempre aliado com o desenvolvimento social, cultural e ambiental. Pretendo trabalhar em projetos que contemplem grande, médio e pequeno”, declarou Rose Modesto ao Correio do Estado.
Ela também pretende implantar escritórios regionais da Sudeco em Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul para aproximar os municípios desses estados da autarquia.
Rose Modesto também confirmou ao Correio do Estado que está tudo certo para ela assumir a Sudeco e que a nomeação não havia sido feita ainda porque o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional aguardava as definições dos indicados para responder pela Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) e pela Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam).
Segundo apurou a reportagem, o cargo é da cota do União Brasil e não cabe às outras unidades da Região Centro-Oeste o direito à indicação do superintendente.
O próprio presidente nacional do União Brasil, deputado federal Luciano Bivar (União-PE), fez a indicação de Rose Modesto para o comando da Sudeco.
De acordo com o apurado pelo Correio do Estado, Luciano Bivar sentia-se culpado por ter insistido que Rose Modesto saísse candidata a governadora de MS mesmo tendo a reeleição para deputada federal já pavimentada.
Com a derrota nas urnas no Estado, ela chegou a comunicar a sua saída do União Brasil, mas Luciano Bivar interveio e a convenceu de continuar no partido.
Desde então, ele procurava a melhor colocação para Rose Modesto e sugeriu a Sudeco, que teria sido aceita pela ex-deputada federal.
Além disso, a indicação do nome de Rose Modesto para assumir a Sudeco também ganhou apoio do presidente da Câmara Federal, deputado federal Arthur Lira (PP-AL), que teve a companhia dela na Mesa Diretora da Casa de Leis no mandato passado.
O coordenador da bancada federal de Mato Grosso do Sul no Congresso Nacional, deputado federal Vander Loubet (PT-MS), também avalizou o nome de Rose Modesto.
Além disso, a Sudeco fica sob o comando do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional, cujo titular é Waldez Góes, que se licenciou do PDT para assumir o cargo na cota do União Brasil mesmo não sendo filiado.
CORREIO DO ESTADO
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