O Brasil vai voltar a sediar a Copa do Mundo de futebol. Agora a Feminina em 2027. O país levou vantagem sobre a candidatura tripla formada por Alemanha, Holanda e Bélgica na votação realizada durante o 74ª Congresso da Fifa, realizado em Bangkok, na Tailândia. A competição será realizada pela primeira vez na América do Sul e, por ser a anfitriã, a Seleção Brasileira já está classificada. A 10ª edição da Copa do Mundo Feminina terá 32 países e será disputada em dez cidades.
Pela primeira vez na história, a escolha da sede foi realizada da forma mais democrática. Desta vez, todas as mais de 200 federações nacionais tiveram direito a participar da eleição eletrônica. Antes, a decisão era tomada apenas por 36 integrantes do antigo Comitê Executivo. Na Tailândia, 207 países votaram e apenas os quatro países candidatos não participaram da escolha. No Queen Sirikit National Convention Center lotado, o presidente da Fifa, Gianni Infantino, anunciou que o país vai sediar, pela primeira vez na história, o Mundial Feminino, com 119 votos contra 78 da proposta europeia.
Conquista de Votos
Desde o início da semana, o presidente da CBF e os integrantes da delegação brasileira fizeram o corpo a corpo com os eleitores na tentativa de conseguir o maior número de votos. O Brasil começou a campanha com o apoio da Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol) que tem apenas nove votos, excluindo o voto do Brasil. Já a candidatura europeia partiu com o apoio dos 55 países do continente.
Apesar da desvantagem inicial, o Brasil desenvolveu em um ano um projeto que convenceu os eleitores. Sob o slogan Uma Escolha Natural (A Natural Choice), o país se apresentou na Tailândia como potência mundial e contou com o apoio de representantes de todos os continentes para que a Copa do Mundo Feminina da FIFA seja um catalisador de oportunidades para mulheres dentro e fora dos campos.
“Agradeço a confiança de todos que participaram do Congresso da Fifa pela escolha do Brasil para sediar a Copa do Mundo Feminina de 2027. Vivemos hoje um dia histórico em Bangkok. Essa é uma vitória do futebol feminino mundial. Garanto a todos vocês que o Brasil fará a melhor Copa do Mundo Feminina da história”, comemorou o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues.
Em Bangkok, a comitiva brasileira contou, além do presidente da CBF, o ministro do Esporte, André Fufuca, Aline Pellegrino (vice-campeã mundial em 20027 e gerente de Competições da CBF), Kerolin (atacante da Seleção Brasileira), Formiga (única atleta a disputar sete Copas do Mundo da FIFA), as consultoras Valesca Araújo, Jacqueline Barros, Manuela Biz e o consultor Ricardo Trade.
“Essa decisão da Fifa anunciada nesta noite terá um grande impacto positivo no futebol feminino brasileiro e na vida de milhões de mulheres do Brasil. Além de investir na realização da Copa do Mundo, toda a cadeia produtiva do futebol feminino no Brasil e na América do Sul dará um imenso salto de desenvolvimento”, completou Rodrigues.
FFMS
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